Quando
um cidadão encontra o Partido dos Trabalhadores, encontra um
"tesouro". Vale a pena vender tudo para comprar o campo onde o
"tesouro" está enterrado. O PT não é o melhor dos partidos políticos.
É o "único" partido verdadeiro. Os outros são simulacros de partido.
A
"alegria" de ter encontrado o partido, faz com que o cidadão, para
filiar-se ao PT, RENUNCIE A TUDO.
Uma vez filiado, ele não terá mais direito de
escolher seus candidatos. Seu dever será “votar nos candidatos indicados” pelo
Partido. (Estatuto do Partido dos Trabalhadores, aprovado em 05/10/2007, art.
14, inciso VI).
Se for candidato a um mandato parlamentar, deverá reconhecer
expressamente que o mandato não é seu, mas que “pertence ao partido” (art. 69,
inciso I).
A obediência ao Partido é "sagrada". Está acima de tudo:
de suas opiniões pessoais, de suas convicções, das reivindicações dos
eleitores. Só em casos extremamente excepcionais, o parlamentar poderá ser
dispensado de cumprir as ordens do alto, para seguir sua consciência ou o clamor
dos que nele votaram (art. 67 § 2º). Com
"alegria" o filiado pagará anualmente uma contribuição proporcional
ao seu rendimento (art. 170). Se ocupar um cargo executivo ou legislativo, a
contribuição não será anual, mas mensal, obedecendo a uma tabela progressiva
(art. 171 e 173). Mas a "alegria" de ser filho do verdadeiro Partido
faz com que todas essas imposições pareçam leves.
Dentro do
Partido, zela-se não só pela unidade (“que todos sejam um”), mas pela
uniformidade. Frações, públicas ou internas ao Partido, são expressamente
proibidas (art. 233 §4º). No entanto, os filiados podem organizar-se em
“tendências” (art. 233). Estas, porém, estão submissas às decisões partidárias
e ao encaminhamento prático do Partido (art. 238). Nenhum filiado poderia, por exemplo,
organizar uma tendência para combater o “casamento” de homossexuais ou a
legalização do aborto, que são bandeiras do Partido. As tendências não podem
ter sedes próprias (art. 235 “caput”), não podem reunir-se com não-filiados
(art. 235 §3º) e não podem difundir suas posições fora do Partido (art. 236
§1º). Mesmo que uma tendência deseje publicar documentos seus contendo posições
oficiais do Partido, está proibida de fazê-lo (art. 236 §2º). O petista
submete-se a todo este mecanismo de controle, ciente de que o Partido sabe o
que faz.
Se sou vereador
e o Partido me proíbe de propor um projeto de lei pró-vida, não tenho motivo
para reclamar. O Partido deve ter suas razões. Se sou senador e cabe a mim a
tarefa de emitir um relatório sobre um projeto de aborto, eu, por fidelidade ao
PT, não posso manifestar-me contra a proposta. Devo agradecer ao Partido por
ele, benignamente, permitir que eu passe o encargo de relator a um colega
abortista. Se sou deputado federal e o Partido manda que eu me ausente de uma
sessão deliberativa, onde meu voto, contrário ao aborto, atrapalhará a
aprovação de um projeto, a resignação será minha melhor atitude.
Tudo isso e
muito mais vale a pena. Pois todos os outros partidos são comprometidos com as
oligarquias, com o neoliberalismo, com a classe dos opressores, e não dão
importância aos pobres, aos excluídos, aos marginalizados, aos explorados, aos
sem voz e sem vez. Pertencer ao PT é uma "glória" tão grande que
justifica qualquer custo.
Se sou petista,
pouco me importa que Lula e Fidel Castro tenham fundado em 1990 o Foro de São
Paulo para fortalecer a ditadura cubana, após a queda da União Soviética.
Se sou petista,
não quero saber por que durante anos nenhum parlamentar petista, desde a mais
humilde Câmara Municipal até o Senado Federal, ousou propor um projeto de lei
antiabortista. Nem me interessa questionar a punição de dois deputados que
ousaram apresentar propostas legislativas pró-vida.
Se sou petista,
pouco me importa que Dilma Rousseff defenda a legalização do aborto como
“questão de saúde pública”. Muito menos que Dilma e Lula tenham assinado em
dezembro de 2009, o 3º Programa Nacional de Direitos Humanos, que defende a
descriminalização do aborto, o reconhecimento da prostituição como uma
profissão, a união civil de pessoas do mesmo sexo e a adoção de crianças por
duplas homossexuais.
Aliás, o bom
petista jamais chegaria até esta linha do artigo. Muito antes já teria parado a
leitura por considerá-la perigosa à fé que ele tem no Partido.
Agora, uma
pergunta final, com vistas às eleições deste ano:
PODE UM
CATÓLICO OU EVANGÉLICO VOTAR NO PT?
- Só há um jeito:
TROCAR SUA CERTIDÃO DE BATISMO PELA CERTIDÃO DE PTISMO.
Duas religiões
antagônicas não podem coexistir num mesmo fiel.
Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
Presidente do Pró-Vida de Anápolis
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