“Estude muito para passar numa
boa universidade e ser alguém na vida.”
Quem nunca escutou essas palavras na
vida?
Apesar de 80% dos universitários brasileiros serem analfabetos funcionais, a presença do culto ao diploma é cada
dia mais forte. Vivemos em um país no qual é dado muito mais importância a um
pedaço de papel chamado diploma do que para o conhecimento adquirido pela
pessoa ao longo da vida. Independente do quanto você saiba sobre determinado
assunto, se não possuir um diploma, você não será levado a sério ou, no mínimo,
não ganhará tão bem quanto um possuidor do papel.
Eu sou universitária. Faço
pedagogia na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Lembro até hoje de um
dia do meu segundo período da faculdade, cheguei atrasada e sentei num lugar
muito ruim, eu não enxergava o quadro, então perguntei a menina ao meu lado o
que estava escrito e olhei para o seu caderno. Fiquei horrorizada. Sim, essa é
a palavra. Horrorizada. Em seu caderno estava escrito as palavras: “criãnça”, “cherox”,
“célebro”. A UERJ tem vestibular com duas fases, tem redação, tem todo um
processo para conseguir uma vaga no curso desejado, como ela conseguiu passar?
E mais: o curso que ela faz é
pedagogia! Ela se formará na faculdade, fará concurso público para professora e
dará aula para o seu filho.
E o pior: alguém que não tem o
diploma de pedagogia, mas que seja ótimo alfabetizador, não poderá dar aula,
pois falta-lhe o papel.
Conheço uma pessoa que foi
alfabetizada em casa pela avó que mal concluiu o ensino fundamental, também conheço
pessoas que estudaram nos melhores colégios do Rio de Janeiro, que sabem juntar
as silabas, mas não entendem o que leem.
Conheço camelôs, garis, empregadas
domesticas, donas de casa que leem sobre tudo, sabem conversar sobre política,
física, literatura, como também conheço universitários que apenas leem as xerox
indicadas pelos professores e escrevem tão mal que é preciso traduzir o que
eles dizem.
Se olharmos para a realidade, o que vemos é uma geração
de universitários idiotas úteis e de doutores analfabetos funcionais e
desempregados.
Esse é o Brasil: o país que
valoriza o papel, não o conhecimento.
Excelente! #Olavotemrazão
ResponderExcluirComo sempre sensacional, parabéns Jennifer. Um beijão!!!
ResponderExcluirEita "célebro"bom, kkkk.
Muito Bom! É difícil estarmos em um país que está contaminado indiretamente pela Pedagogia "Paulo Freire" e cuja a Pseudo Intelectualidade Narcisista que prima pela desinformação e que valoriza o papel em detrimento do conhecimento.
ResponderExcluirEstou no segundo período do curso de Geografia na UERJ e posso dizer que esse texto reflete a realidade
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